quinta-feira, 15 de março de 2007

DANNY GLOVER no Fórum Social de Nairóbi



Danny um dos protagonistas do filme Máquina Mortífera esteve no Fórum representando uma ONG chamada Tran África Forum e falou a respeito do Fórum e vários assuntos.

Qual o seu propósito em estar aqui na África?
Em primeiro lugar deixe-me dizer obrigado, antes de tudo, obrigado, por esta conferência com a imprensa este fato é próprio, uma reunião com a imprensa ocupando uma sala da gente brasileira. O povo do Brasil que apóia muito o motivo de um outro mundo é possível e algumas missões e os objetivos do Fórum Social Mundial. Eu de fato; nas primeiras reuniões foram em Porto Alegre e deixou no começo uma imagem indelével à possibilidade que existe conosco seres humanos neste planeta. Vamos ao ponto da razão porque eu estou aqui, então razão para eu estar aqui são muitas, nós estamos participando de sete conferências de imprensa uma especial do impacto da guerra sobre o terrorismo nas comunidades, nas nações em todo mundo, o impacto da guerra do terrorismo sobre as idéias da democracia. Esta é um dos motivos que estou aqui, para participar ouvir e escutar o povo. Nós temos uma especial afinidade com a secretária para as políticas e promoções, ah..promoções de políticas contra o racismo, nós temos um especial relacionamento com ela, relacionamento que começou diretamente e nasceu na conferência sobre o racismo e xenofobia na África do Sul, eu estive em Durbain 2001 na África do Sul, então tem muita coisa para falar aqui e umas das coisas que temos que falar para nós agora é apresentar a nova diretora executiva para a Trans África Forum. Eu sou o presidente do conselho da Trans África Forum mas eu quero apresentar a Nicole, ela é a nova, é muito brilhante e muito especial.
Bom você é a nova executiva da Trans África Form, qual é a missão desta instituição ?
Trans Africa Forum é uma instituição americana de trinta anos para organização de políticas e nos dedicamos a garantir que um novo mundo é verdadeiramente possível para o povo do mundo africano. O mundo africano não é somente o continente africano que nós temos muito prazer em estar aqui para celebrar este momento histórico que pela primeira vez o Fórum Social Mundial acontece aqui no continente da África. A missão do Trans África vai além do continente africano nós estamos interessados em assegurar que as políticas americanas sejam justas e limpas, para o povo do mundo africano incluindo os caribenhos e os latinos americanos. Nós estamos muito interessados no que acontece com os afro-descendentes na América Latina e o que a sociedade civil e os governos estão fazendo para garantir suas políticas de justiça e transparência para este povo.
Você acha que Hollywood pode produzir filmes para induzir o mundo para uma nova consciência e um novo mundo?
Eu acho que nos também procuramos por novos caminhos que podem criar um novo mundo e também outros caminhos onde poderemos promover imagens que reforcem a imaginação do povo, imagens que reforçam a solidariedade dos povos, que reforcem suas identidades nacionais e étnicas, este é o tipo de história do filme, falando historicamente que nos promovemos e que precisamos promover. Que falam de um mundo justo, um mundo de valores da contribuição de cada um, a contribuição dos afro descendentes, a contribuição dos descendentes dos espanhóis, dos descendentes dos asiáticos, dos descendentes europeus, eles todos devem trazer histórias fundamentais e o foco que cada um de nós espera ou nossas expectativas são: Quem somos nós como seres humanos neste planeta. Este é o tipo de filme que deve ser feito, eu estou muito animado com isso e quanto mais eu estou nesse negócio eu fico cada vez mais animado com este tipo de filme, porque eu vou a lugares no Brasil, lugares na Venezuela, eu vou em lugares como Quênia, lugares no Sul da África e lugares em todo mundo, e eu vejo esta nova iniciativa de histórias contadas pelo povo que é mais favorecido por ter visto algumas visões deles nos filmes. Eu vejo sua suas transformações na história, seus mudanças de integridade, sua própria dignidade, através de agregar isso nos filmes que são feitos.
O que você pensa sobre o movimento hip hop?
É muito fascinante porque o movimento hip hop em cada aspecto da sua evolução é parte de uma tendência de crescimento do pessoal jovem que tenta ter voz e tenta um jeito de engajamento na corrente, em ter poder nas suas próprias vidas. É um movimento de empoderamento. Menos a sua comercialização, os descontos, este tipo de empoderamento é desaconselhável. Mas nós os vemos falando com os outros e eles falam com os outros, os palestinos falam com os outros, os japoneses falam com os outros, eles se unem falando com outros, os brasileiros falam com os outros, os venezuelanos falam com os outros, os americanos falam com os outros, os americanos, vamos saber do dia deles o que representará uma parte vital, parte de como nós queremos ver o mundo, como o deverá mundo vir a ser unido, como o mundo precisa, precisa ser visto. O seu poder é importante e sua consciência é importante para criar este novo mundo que nós vemos.

(diretora de Trans Africa Forum)

Como uma organização nós temos um número de conselheiros que são famosos artistas populares nos EUA. Chuck Dee que é fundador de um grupo chamado Públic Enemy um grupo instrumental que garante que os grupos hip hops não tenham uma imagem negativa mas políticas progressivas positivas tem surgido nos EUA. Como uma organização nós vemos isso ainda como um algo importante neste momento que traz progressivamente vozes que vem da América Latina, vem da África, da Palestina e são ouvidas não somente nos seus paises mas internacionalmente, especialmente nos EUA onde você deve realmente ouvir estas vozes progressistas e positivas de outros países então eles não estão sozinhos na sua luta há alguma coisa que pode ser feita. Estas vozes que vem do mundo todo, elas verdadeiramente são divulgadas nos EUA e isso é muito importante para nós.

(Danny continua)
O nosso conselho da Trans África é de multi-geração nós esperamos que os membros dêem visibilidade ao conselho, nos esperamos trazer como membros do conselho quem é descendente de africanos, que vive no Caribe, que vive na América Latina, africanos, nós temos membros africanos no conselho Mantidje Auara, quem vem da Guiné, o famoso Scaler que é da Universidade de New York. Mas olhe toda esta idéia que você mencionou, voltando a sua questão, sobre os jovens, porque é automático quando você fala da geração hip hop você fala de gente jovem, nós temos uma diretora nova aqui que definitivamente tem parte na geração hip hop, nós temos, como eu digo, nós temos cada uma das gerações como Henry Bellafany, que fará 80 anos no final do mês, que está tão vivido como eu, um cidadão já senhor e gente nova com ela, no conselho da diretoria.
Como você estima o impacto do Fórum Social Mundial na África?
Nós sentimos que certamente o tempo do Fórum na África é algo profético em certo sentido, temos que dizer que tem tido algum impacto nos assuntos desagradáveis que estão ao nosso redor o terrorismo mundial. O mundo social precisa reunir gente que vem unida da sociedade civil, que vem unida dos ativistas, precisa ter impacto nos assuntos que afetam crianças e mulheres: o HIV, precisa ter impacto em como nós vemos o desenvolvimento, um mundo mútuo com várias formas de pensamento mas longe do paradigma liberal, tem que ter impacto também quando resolvemos um conflito. Ele, tinha acontecido o chamado para fazer o desenvolvimento que somente acontece no processo de paz. O rei freqüentemente refere-se dizendo: Paz não é a simples presença de não hostilidade mas a presença de justiça. Então todas estas coisas são importantes quando olhamos para o Fórum Social Mundial e o papel que fazemos neste continente tem que ser exemplo de que podemos fazer papéis semelhantes em todo o resto do mundo. Mas é importante, em particular, que nós façamos foco nas questões raciais, foco no assunto: o que a democracia significa neste tempo que falamos sobre a guerra, o que chamamos de guerra, da guerra fria, o terrorismo. Foco no que acontece neste continente e nós, é nossa responsabilidade porque todo o próprio continente verdadeiramente tem um lado, e a própria política palestina é uma política injusta, nos precisamos entender e ver o papel que os chineses fazem no continente. O Brasil, a secretária especial Sra Matilde, que está aqui veio ao continente 17 vezes, o presidente Lula veio de 17 a 21 vezes. Então os latinos americanos estão interessados no continente pela sua presença e pela sua relação que tem nas comunidades dos descendentes africanos. Falo sobre o Brasil, falo sobre a África: dos 165 milhões de habitantes, 80 milhões são descendentes de africanos.
O que mais surpreendeu você no Fórum?
Eu estou surpreso por tudo, pela multiplicidade de gente, de gerações, de gente jovem que está aqui, jovens ativistas, eu não estou surpreso que o governo brasileiro e a sociedade civil está aqui. O governo da Venezuela e a sua sociedade civil também estão aqui. Eu não estou surpreso por tudo isso. Eu penso que estou perplexo em podermos estar juntos e nós precisamos continuar juntos, nós precisamos reforçar um ao outro onde estivermos trabalhando para mudar este mundo. Eu continuo acreditando que esta idéia de que um novo mundo é possível, é duradoura, é brilhante, é forte e ainda apaixonante.
Qual é a importância em estar perto do governo brasileiro e da sociedade civil?
Isso fala por si mesmo, quando eu penso sobre o trabalho que o governo brasileiro está tentando fazer, o trabalho que acontece no relacionamento e na integração deste esforço, em outros paises como Uruguai, Venezuela, No Equador os esforços para democratização, a passagem para democratização que acontece, isso me deixa estimulado, eu fico animado com isso, eu sinto que há representatividade nas idéias, idéias práticas de desenvolvimento, eu estou alegre e agradecido por falar com a secretária especial Sra. Matilde, eu posso chegar ao seu escritório, e olhar para muitos aspectos da sociedade civil e ter um diálogo, criar um diálogo, diálogo é capacidade de renúncia e em muitos lugares no mundo esta é a idéia, isso pode trazer a tentativa de como lidar com estes assuntos, assuntos dos povos que estão em conflito a muitos anos muitas gerações, eu acho que está é a possibilidade, eu estou muito feliz por falar com o Brasil, e outros paises no Caribe. No Brasil tem que ser uma relação vital, uma que garante paz e justiça que a gente da raça merece. O relacionamento do Brasil com o resto do Caribe é uma relação muito importante, nós temos que achar um processo de integração, nós entendemos que 150 milhões de descendentes de africanos estão nesta região, somente 35 milhões vivem nos EUA, é um número muito pequeno, então a maioria vive além do mundo americano. Onde nós vamos encontrar, achar essa integração entre os assuntos dos afro-americanos nos EUA, assuntos dos afro-descendentes no Norte e assuntos do afro descendentes no sul. Noventa por cento dos descendentes de africanos vivem na pobreza. Africanos descendentes do Haiti descendo todo caminho até a ponta da América do Sul.
(diretora Trans África Forum)
Nossa singularidade tanto como organização como gente é que nós temos identificado o fato que é extremamente importante não somente o que acontece em todo mundo mas direto no nosso quintal para entender onde estão as intersecções entre o que acontece no Brasil, o que acontece na sociedade civil no Brasil. Que coisas que vocês estão fazendo que estão funcionando? Ter certeza que vocês tem um tipo de governo que representa o que o povo quer, isso é alguma coisa que certamente que nós precisamos aprender. É muito estimulante ser parte deste movimento no tempo que nós realmente podemos interceder, isso não é vil, estar envolvido com o que está acontecendo em todo mundo, ter possibilidade de vir e visitar. E observar, o que a sua sociedade civil organizada tem sido capaz de realizar? Agora nós sabemos que Danny Glover é uma personalidade e nosso outro membro do conselho James, eles são muitos envolvidos, significa a segurança que nós como americanos aprendemos o que acontece no Brasil, Venezuela, e outras sociedades que tem fortes movimentos progressistas. Como organização nós estamos muito animados em 2007, para nos dedicarmos como instituição para garantir que nós também estaremos mais envolvidos com o Brasil e em outros lugares.
(Danny continua)
Isso também é reconhecido, esta é uma nova iniciativa que nós estamos falando nos últimos 4 anos então há muito trabalho para fazer e isso significa muitos outros caminhos nos quais podemos nos engajar mutuamente para ter certeza que neste trabalho percorremos em uma mesma direção e especificar as coisas que queremos, mas a vontade política, a vontade de fazer o trabalho é essencial e o que sentimos em todas, em cada relacionamento em cada encontro que isso tudo não é verbalizado simplesmente, é alguma coisa que é real e está no espírito do povo e o espírito do povo é uma espírito de bom de mudanças.
Para parte do Brasil você é um herói pelo seu papel em Máquina Mortífera, e para outra parte ou seja o povo que trabalha com inclusão social você é também um herói por ser um ativista, como você lida com estas duas identidades e qual delas deixa você mais contente?
Bem e primeiro lugar a idéia de ser um herói me deixa um pouco desconfortável, eu sempre agi com a idéia de ser um cidadão. Eu estou marcando um momento extraordinário na história, James e eu viemos para o mesmo momento, muito ativismo, muito senso de responsabilidade social, vem na verdade de que queremos imitar essa gente que está fazendo este tipo de trabalho, muitos homens e mulheres de todo mundo então homem e mulher que estão fazendo este trabalho pelo mundo todo, no lugar que eles estão... Faly Luheima nos EUA, onde eles estão... Thoman Boya, eles estão, no Quênia, no lugar que eles estão...Nelson Mandela, onde eles estão...Julius Neiera, toda esta gente que aparece freqüentemente associada ao movimento de despertar, Martin Luther King, Malcon X. Mas o fato é de que nascemos disso, então em primeiro lugar, o que você falou para mim e que eu preciso lembrar é que é algo sem suporte, sem apoio, eu sou um cidadão e ponto. Eu quero levar essa cidadania ao máximo, o máximo nível da responsabilidade, o maior nível de serviço ao mundo e serviço para a comunidade, que pode ser minha própria comunidade ou a comunidade de serviço no mundo. O outro trabalho que eu faço é cultural, e deixe enfatizar eu sou trabalhador cultural: eu sou um trabalhador cultural o trabalho que eu trago, vem a ajudar a visibilidade num sentido geral, de modo extraordinário, além dos trabalhos que as pessoas fazem, fazer que outros tentem me imitar, tentem entender: O que costumava ser o ser humano no processo da dinâmica da humanidade, na dinâmica da história? Então, parte disso é o que eu sou, parte disso permite que eu possa explorar um tipo de relacionamento que vai além das minhas limitações para entender e ser uma parte dessa enorme energia que cerca a história que é contada, que acontece de cultura, para cultura, para cultura. Como o povo se legitima nos reforçamos? Que somos seres humanos através da imagem de si mesmo. Este é meu trabalho como trabalhador cultural. Eles juntos ironicamente em algum sentido não têm separação entre os dois, eles juntos se cruzam, eles juntos se formam mutuamente, eles juntos se elevam mutuamente e eles juntos elevam meu espírito.
Danny, como você vê o papel das igrejas no desenvolvimento social?
Deixe-me dizer, deixe-me somente dar exemplos do papel, do papel das igrejas que eu tenho visto no desenvolvimento social. O papel da teologia da libertação em outros países, o papel da teologia da libertação na América Latina, na América Central em outras partes do mundo. É um elemento muito importante, de fato, nos podemos fazer um argumento para primeiramente dizer que o primeiro líder da teologia da libertação foi Martin Luther King porque ele pegou as idéias de justiça, ele pegou as idéias das orações, as idéias não vieram da igreja, mas do próprio conteúdo da religião. Mas a igreja sempre teve uma outra missão, missão não de levar o povo para o momento lá do céu, mas também, eu não sou suspeito, mas também para entender e ter responsabilidade social e ser responsável pelo acontece com o povo enquanto eles vivem cada dia, o dia, o momento do nascimento até o dia da morte. Nos todos vivemos e morremos, e a igreja tem um momento, um lugar onde o povo pode ir e conhecer uma igreja responsável por cada momento que temos aqui, entende, então eu penso que a igreja tem um papel significante executar o que eles tinham e tem, tocar um papel que eu penso que é próprio dela, mas precisa ser mais ainda, homens e mulheres que acreditam que a igreja é uma organismo para mudança, eles acreditam em Jesus Cristo, é o povo com que temos relações, a religião que nós respeitamos e honramos, aquelas religiões que são religiões para mudanças sociais, religiões para transformação, e religiões para nossa elevação que somos seres humanos.

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