segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

All Gore defende meio ambiente


All Gore o vice-presidente durante o mandato de Clinton (1993-2000), e derrotado na campanha de 2000, foi defender o meio ambiente na entrega do Oscar que atrai a atenção de milhões de pessoas por todo o mundo.
O filme-documentário “Uma Verdade Inconveniente”, lançado no Brasil no mês passado, traz uma breve menção ao Catarina. All Gore diz: “Em 2004 os livros escolares tiveram que ser revisados, pois eles costumavam dizer que era impossível um furacão aconteceu no Oceano Atlântico Sul. Naquele ano, pela primeira vez na história, um furacão atingiu o Brasil.”
Ele enfatiza os dados que comprovam o aquecimento global e convoca as pessoas a combater também individualmente o problema, pois as consequências serão devastadoras.
Nesta aparição Gore se mostra como alguém que já foi ex-presidente, que contiua vivo na disputa e que defende causas de meio ambiente, pontualmente no Brasil faz um contraste com Bush que chegará em São Paulo para uma visita no dia 8 de março. Os movimentos sociais já preparam uma "calorosa"(sic) recepção o presidente americano.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Global Young Greens


Mirian Maialem, representante da ONG, voluntária, e ativista do grupo na Irlanda. Ela encontrou no FSM grupos de diferentes países e continentes, América do Sul, Ásia, África. Foi na Austrália o congresso do Global Young Greens nesta semana e um dos assuntos foi desenvolvimento sustentável, comércio justo tudo que tem a ver com os princípios verdes. Nossa associação tem representações de todo mundo. Eu morei no Brasil em São Paulo no ano de 2003 e fui conhecer Amazonia, Minas Gerais e Nordeste e fui convidada a participar deste fórum. Sou formada na área de desenvolvimento sustentável e também sou intérprete e milito na Irlanda, o pensamento é pensar global e agir local, como se fala em Porto Alegre um novo mundo é possível.
A diferença de Porto Alegre, é que hoje tudo está sendo realizado em um mesmo local, aqui no estádio. Eu percebo que aqui existem mais ONGs e no caso de Porto Alegre eu vi muitos participantes individuais. Outra coisa é que a participação da África é predominante e em Porto Alegre aconteceu o apoio do governo e da prefeitura coisa que não percebo aqui em Nairóbi. Acho que a sociedade civil não veio porque chegar até aqui é muito caro. Eu acredito que o intercambio de idéias vai ser muito intenso e isso é excelente para o desenvolvimento sustentável e para criação de parcerias.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Militante de ONG americana quer mudar o EUA


Monami Maolik militante da ONG Grassroot Global Justice dos Estados Unidos .

Gostaria que você contasse um pouco da sua organização para gente e sobre o seu trabalho.
Nos somos dos Estados Unidos nossa organização nos chamamos Grassroot Global Justice nossa delegação é composta de 70 pessoas de todo canto dos Estados Unidos, que trabalha em muitas comunidades negras, comunidades pobres, com jovens, com estudantes, com trabalhadores, com mulheres que lutam por justiça social todas as coisas pelo meio ambiente, pelo direitos de moradia, pela saúde, pelos direitos de imigração, e estamos aqui juntos no Fórum Social para participar com todo o mundo e mostrar que existe um novo olhar da América e esta é a nova cara da América.
É a primeira vez que você vêm ao WSF ? O que vc está achando?
Nos achamos que o povo dos Estados Unidos das comunidades do Grassroot são pobres e isso não é um previlégio dos Estados Unidos, e justamente agora no mundo onde os Estados Unidos está destruindo outros países e os Estados Unidos está criando mais e mais guerras ocupando outras nações nos temos um forte mensagem para o resto do mundo não é todo mundo no nosso país que acredita no que o nosso governo está fazendo e nós estamos propondo um movimento de reconstrução internamente nos Estados Unidos para lutar por justiça não somente lá mas refrear os Estados Unidos “canibal” para não matar mais, não militarizar mais, não mais criar acordos indecentes, que tem matado muita gente em todo mundo.
É a primeira vez que vc está no WSF?
Para mim é minha segunda, mas para muita gente aqui é a primeira.
Você foi ao Brasil?
Não, fui a Mombai.
Qual sua expectativa sobre o evento?
Como a cruzada que a delegação americana nós queremos trabalhar e construir , construir relacionamento com o pessoal de todo mundo, pelo mundo trabalhar nos assuntos similares: moradia, educação, saúde por nos entendemos que tudo está conectado e queremos estar juntos porque no próximo ano, nós entendemos que não teremos o WSF mas um dia de ações ou uma semana de ações nos esperamos que no próximo ano grupos de americanos possam trabalhar com outros grupos de todo mundo, fazendo ações onde estes assuntos estejam mais presentes no mundo agora.
Um novo mundo é possível? Porque?
Nós não acreditamos somente que um outro mundo é possível mas um novo mundo é necessário. Se nós continuarmos destruir o planeta como estamos fazendo, continuarmos a empobrecer as pessoas, continuarmos a criar guerras, pelo poder do imperialismo aí nenhum de nós estará aqui em poucas décadas. E todos nós temos que apostar em salvar não somente o meio ambiente, mas impulsionar o mundo que é feito de gente e não de lucro.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

FSM de Nairóbi e seus primeiros números.


Segundo o Comitê Organizador Africano e o Comitê Internacional, chegou a 60 mil o número de pessoas inscritas oficialmente e foram realizadas 1.200 atividades gestionadas. Em termos de distribuição por país, cerca de 80% de participantes foram do Quênia ou de países vizinhos e cerca de 20% de fora do continente.

Um ponto a destacar neste Fórum foi a marcante participação de grupos populares organizados por igrejas.

Em relação à participação estrangeira, foram pelo menos 400 italianos(as), 450 franceses(as), 600 norte-americanos(as) e cerca de 400 brasileiros(as).

Durante o evento, cerca de 300 propostas formuladas por 21 Fóruns de Alternativas, Lutas e Ações foram apresentadas ao público.

Enquanto nos Fóruns anteriores não se balizavam próximas ações baseadas em resultados de consenso obtidos no final dos Fóruns neste sétimo evento as propostas devem servir de base para as Jornadas de Mobilização, que serão realizadas em janeiro de 2008 ao redor do mundo, paralelamente ao Fórum Econômico de Davos. A idéia é que a sociedade civil, mais até do que o próprio Comitê Internacional do FSM, aproprie-se dessas propostas e articule-se para torná-las uma realidade.

Água acessível a todas as pessoas, campanhas em nome da paz, da democracia, pela proibição de despejos e defesa das moradias populares, direitos humanos, direitos das mulheres e respeito à diversidade, direitos das crianças e adolescentes, distribuição de terras, quebra da patente de remédios e saúde acessível para população carente são alguns dos temas tratados no conjunto de propostas que, em breve, estarão disponíveis no site do Fórum Social Mundial e aqui neste blog.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Carnaval paulista enfoca social e ecológico

No desfile das escolas de samba no primeiro dia de Carnaval em São Paulo das 7 escolas pelo menos 3 cantaram sobre temas relacionados ao social e ao ecológico.

A Imperador do Ipiranga localizada junto a maior favela paulistana, a do Heliópolis, cujo nome Imperador nasceu, porque naquele bairro é que D. Pedro I declarou independência. Ela foi a primeira a desfilar. Seu samba foi sobre o ferro e o aço e o seu quarto carro dedicado a reciclagem do aço para preservação do meio ambiente.
A Tom Maior dedicou todo seu tema ao trabalhador brasileiro, a sua exploração, a sua luta e suas conquistas. Em um dos carros mostra que a data de Primeiro de Maio nasceu da reivindicação da jornada de 8 horas e outro com relógios evidencia as horas trabalhadas em excesso. A letra do samba dizia:
Quero ter o meu direito,
chega de exploração.
Com licença, eu vou a luta.
Faço greves, vou prá rua
Digo não a opressão.
A Tucuruvi falou da importância das energias renováveis da natureza: a terra, o ar, o calor e a luz do sol . A Isabela Oliveira, na foto, mostra os carros com o símbolo do gafanhoto que vem do nome dado ao bairro: Tucuruvi que em tupi guarani significa gafanhoto verde. Um verso diz:
Ó meu Senhor,
muito obrigado por nos contemplar
com a natureza a se recriar e
renovando em harmonia
a noite anunciando o novo dia.
Pois é, este foi o primeiro dia de desfile e me parece importante que comunidades inteiras se reúnam para discutir e aprender temas como estes que colaboram para a mudança de mentalidade das comunidades e também irradiam estas letras e palavras para todo povo que tem no Carnaval uma maneira de extravasar a pressão do dia a dia. E nas comunidades pobres estas pessoas passam a ter uma apoio porque podem pertencer a um grupo que pensa a favor da terra e do ser humano.
É claro que nem tudo são flores, que nas comunidades pobres existe a manipulação da parte má que nela habita e floresce: criminosos, traficantes etc, mas o dito lado privilegiado da cidade também não tem a sua parte podre? Os podres perfumados que andam de carros importados mas que também manipulam cuidando dos seus interesses e destruindo o próximo ao invés de amá-lo.
Uma nova sociedade é possível e só vai acontecer com mudanças de pensamentos e de paradigmas, finalmente a base de tudo isso são os valores.
Cada grupo tem que fazer a sua parte e transformar os valores para valer. Por isso um novo mundo é possível depende de cada um e de todos.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Jardim Ângela começa a preparar o Fórum Social Sul - SP


Ontem a noite aconteceu a primeira reunião do grupo, comandado pelo Padre Jaime Crowe, que irá realizar o Fórum Social Sul - SP no Jardim no segundo semestre em data a ser comunicada posteriormente.

Inicialmente foi discutido um texto do Oded Grajew sobre o Fórum Social Mundial de Nairóbi que analisou o evento de modo positivo e que faz parte de um processo de unir os explorados frente aos dominadores para um novo mundo possível e completa não só possível mas urgentemente necessário, visto que a nossa casa, a terra, está sendo destruída pelo sistema neo liberal.

É isso que o Fórum Social Sul - SP vem fazendo, isto é, estimulando um processo de retomada pela vida, vida digna para todos do Jardim Ângela, de São Paulo e do Brasil.

A equipe do Padre Jaime e todos seus colaboradores terão um grande desafio para a organização, captação de recursos e mobilização deste tradicional Fórum Social Sul - SP mas todos estão animados e sabedores da importância do evento.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Terra melhor distribuída: um clamor mundial.


A exemplo do movimento brasileiro MST, o movimento que une os sem terra, que também estava presente no FSM, lá existem várias ONGs que protestam e querem uma melhor distribuição de terras entre os quenianos, um país no qual os seus habitantes tem uma desigualdade sócio econômica imensa e que se reflete também na expectativa de vida do queniano: 49 anos.

Manifestações se repetem no FSM de Nairóbi




Este manifestante enquanto andava pela concentração com o cartaz alusivo ao presidente dos Estados Unidos, gritava em francês o seguinte: PAZ COM BUSH, É IMPOSSÍVEL.Este Fórum também foi marcado pelo protesto contra os sistemas neo liberais que tem trazido destruição pela sua transformação de tudo em produto, até seres humanos, com sentido de obter lucro a despeito de tudo até da destruição da natureza.

Lei Maria da Penha é discutida em Fórum Aberto


Dia 13 de fevereiro foi realizado no centro da cidade de São Paulo no Ministério Público um Fórum sobre a Lei Maria da Penha que determina a criação de mecanismos para punir e coibir a violência doméstica contra a mulher.
A cada 18 segundos uma mulher é agredida no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) que realizou um estudo em 2005 sobre a violência contra a mulher. A pesquisa ouviu 24 mil mulheres em dez países e mostrou que, no Brasil, 29% das paulistanas com parceiros regulares e 37% das pernambucanas da Zona da Mata já sofreram abuso físico ou sexual. Estiveram presentes representantes de ONGs, da promotoria da justiça e da população em geral.
O Observatório das ONGs entrevistou Dr. Viegas, a Dra Vânia Balera e o Dr Luiz Carlos Sirvinskas que falou sobre a importância da lei como fator de inibição para as agressões contra a mulher em ambiente familiar. Entre várias ONGs presentes estava a Rede Mulher representada pela Sra. Maria José (Zéza) Lopes Souza, esta ONG articula diversas outras ONGs e movimentos para formar um protocolo de atendimento às mulheres vitimadas. A Zeza ressaltou a importância da conscientização do poder público, tanto na instância de julgamento quando na fase de atendimento policial, afim de que no momento em que a vítima for atendida primeiro se preste o socorro médico e depois que ela seja encaminhada para o registro e verificação da ocorrência. Há também uma urgente necessidade da formação de infra estrutura como as casas abrigo, local de acolhimento, orientação e proteção da vítima. Por isso a discussão desta lei trará novas esperanças para que sofre esta degradante violência. Maiores informações da Rede Mulher podem ser obtidas pelo telefone: (11) 3873-2803, fax: (11) 3862-7050, e-mail: rdmulher@redemulher.org.br ou no site http://www.redemulher.org.br/