quinta-feira, 29 de julho de 2010

A tecnologia social nas escolas públicas

Educadores interessados em participar do Concurso Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais podem se inscrever até o dia 16 de agosto. No ato da inscrição, ganham um livro para conhecer melhor as várias ações que têm sido feitas em todo o país e também uma assinatura da revista Fórum até o final do ano. Ao fim do Concurso, podem ganhar uma viagem com hospedagem paga para o FSM 2011 em Dacar, no Senegal.

Por Victor Plese [28 de julho de 2010 - 16h39]
A Fundação Banco do Brasil e a revista Fórum incentivam o professor a realizar com seus alunos atividades relacionadas ao conceito de tecnologia social que, no futuro, podem gerar trabalho e renda na sua comunidade.
Há um grande problema de sustentabilidade e desenvolvimento local em comunidades de todo o Brasil, o que gera êxodo dos lugares menos estruturados, sobrecarregando grandes centros urbanos. A Fundação Banco do Brasil quer fortalecer um conceito que hoje é chamado de tecnologia social, que nada mais é que o aperfeiçoamento de técnicas simples e de fácil aplicação que podem transformar a realidade da população do lugar.
O professor interessado no Concurso deverá se inscrever até o dia 16 de agosto e, ao fazê-lo, ganhará um livro para conhecer melhor as várias ações que têm sido feitas em todo o país e também uma assinatura da revista Fórum até o final do ano. Assim, o educador que não tem muita intimidade com o conceito de tecnologia social poderá se familiarizar lendo este material, e vai perceber como será fácil exercitá-lo em sala de aula.
O segundo passo do professor será descrever, de forma breve, sua proposta. A partir daí ele recebe um certificado de participação e sua ideia poderá ser selecionada para fazer parte do grupo das 50 melhores. Os autores destas propostas irão a um seminário sobre o tema em Brasília e, depois, as cinco melhores serão contempladas com uma viagem para o próximo FSM em Dacar no Senegal. Inscrições e mais informações no www.revistaforum.com.br/ts até o dia 16 de agosto. Veja abaixo mais exemplos da utilidade das tecnologias sociais.
Agricultura e extrativismo
O sistema Pais é um sistema de produção de hortaliças e pequenos animais, que utiliza irrigação por gotejamento, trabalhando com a filosofia da permacultura, um conceito criado nos anos 1970 que significa a reunião dos conhecimentos de sociedades tradicionais com técnicas inovadoras, cujo objetivo é criar uma "cultura permanente", sustentável, baseada na cooperação entre os homens e a natureza. Existe, ainda, o Programa P1 + 2 – Uma terra e duas águas, associação de várias tecnologias de captação e manejo sustentável de água da chuva para produção de alimentos e pequenos animais.
Na Amazônia Legal, podemos citar também a certificação socioparticipativa de produtos agroextrativistas. Esta foi uma forma encontrada para agregar valor à produção familiar na Amazônia e atestar que a mesma foi confeccionada sem o uso de insumos e produtos químicos. Os processos de obtenção das informações, verificação do cumprimento das normas e aperfeiçoamento dos sistemas produtivos são realizados com a inclusão do maior número de pessoas possível, reunindo grande número de pequenas áreas no mesmo grupo.
http://www.rts.org.br/imprensa/clipping/tecnologias-sociais-revista-minas-faz-ciencia-2013-edicao-no30

sábado, 26 de janeiro de 2008

Movimento Nossa São Paulo no FSM de 2008

O Movimento Nossa São Paulo vai participar do Sábado-feira, no dia 26 de janeiro, um evento que integra o Dia de Mobilização e Ação Global do Fórum Social Mundial 2008.
Haverá um estande com exposição sobre o material institucional da organização e uma palestra de Oded Grajew para apresentar os objetivos e ações do Movimento.
A feira multitemática reunirá mais de cem instituições sociais e grupos culturais, no Colégio São Luiz, em São Paulo, das 9h às 18h.
O objetivo do evento é compartilhar experiências, idéias e propostas sintonizadas com o espírito do Fórum de buscar alternativas para as políticas neoliberais e em oposição a qualquer forma de imperialismo.As organizações inscritas terão um espaço para se apresentar.
Haverá também rodas de conversa de uma hora sobre temas propostos pelos participantes e apresentações musicais, de poesia e de teatro realizadas pelas organizações em pequenos palcos, salas e auditórios.
Um telão apresentará as ações do Fórum desenvolvidas ao mesmo tempo no resto do mundo. Pela Internet serão feitas vídeo-conferências com os outros continentes.
O Fórum Social Mundial 2008 contará com uma semana de mobilização em todo o planeta, em ações descentralizadas e auto-organizadas, encerrando com o Dia de Mobilização e Ação Global do Fórum Social Mundial no dia 26.
O site www.wsf2008.net é a principal ferramenta para articulação dos participantes do Fórum descentralizado de 2008. Todos estão convidados a se inscrever no site, contribuir com os Espaços de Ação, apresentar uma atividade, publicar vídeos e notícias e se conectar com as outras ações.
Informações sobre o fórum www.wsf2008.netInformações sobre o Sábado-Feira www.sabado-feira.net

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Fórum internacional debate mídia, poder e democracia

Fórum com cobertura direta da CartaMaior pelo seu blog, um esforço admirável na democracia da mídia.

INSEGURANÇA INFORMATIVA
Observatórios de mídia refletem descrédito da imprensa
Iniciativas de acompanhamento e fiscalização da mídia são resposta da sociedade tanto aos desmandos da imprensa quanto à demanda por uma maior democratização e ética da mídia.
Verena Glass
SALVADOR - Em 11 de março de 2004, a Espanha ficou paralisada pelo terror de um atentado ao trem de Madrid em pleno horário de pico. Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Pouco após o ocorrido, o governo do presidente José Maria Aznar divulgou, como resultado de uma apuração supostamente confiável, que o ato terrorista teria sido cometido pelo grupo separatista basco ETA. Como se soube depois, os editores dos principais veículos de comunicação do país receberam telefonemas de Aznar pessoalmente ou de seus ministros, reafirmando a informação.No subterrâneo das comunicações não alinhadas, no entanto, rapidamente outra versão começou a tomar corpo: não foi o ETA, mas sim um grupo islâmico que teria inclusive assumido a autoria do atentado. Esta versão, que acabou se confirmando, custou ao grupo político de Aznar a vitória na eleição presidencial que ocorreu três dias depois. A resposta da sociedade à tentativa de incriminar com mentiras um grupo de esquerda para fins eleitorais foi avassaladora, e venceu o repúdio ao apoio do governo de direita à ação americana no Iraque. Dessa forma, a improvável candidatura do progressista José Luiz Zapatero virou a mesa e levou a presidência, num dos processos mais extraordinários de força da opinião pública da história recente.Mentiras exemplares da imprensa, como as que deram conta da existência de armas de destruição em massa no Iraque e da participação do governo do país nos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, e que justificaram o hediondo crime da invasão americana, são extremos de uma realidade que tem levado a sociedade a sofrer do que o jornalista Ignácio Ramonet, diretor do jornal francês Le Monde Diplomatique e do Media Watch International, chama de insegurança informativa.Palestrante do Fórum Internacional Mídia, Poder e Democracia, que ocorre até este dia 14 em Salvador, Ramonet apresentou os exemplos acima para expor um processo de descrédito crescente auto-infligido pela mídia, uma vez que a imprensa e seus profissionais, grandes lutadores da democracia em momentos de repressão e ditadura, passaram a ser eles próprios os grandes violadores desta democracia em nome da mercantilização e "mercenarização" da informação.A sensação de insegurança informativa se aprofundou com um certo abandono da imprensa de seu papel de "quarto poder", o avaliador crítico das disfunções do Estado e suas instancias legislativas, executivas e judiciárias. O interesse é outro, explica Ramonet. "O importante hoje, para a imprensa, é o que o maior número de pessoas quer ver e ouvir. As informações são cada vez mais breves, emotivas e espetaculares. E, cada vez mais, estas informações são gratuitas. Então onde está o negócio? Se trata de vender gente aos anunciantes, e para ter mais gente, a informação tem que ser sedutora", pondera. E neste ponto, a credibilidade do veículo e do trabalho jornalístico sofre sérias avarias.Neste cenário, o surgimento de um número cada vez maior de iniciativas de monitoramento da mídia em todo o mundo, a exemplo do Observatório de Imprensa ou do Observatório de Mídia no Brasil, tem sido um reflexo claro da reação da sociedade perante o descrédito dos veículos de comunicação."Temos agora que buscar uma unidade maior destas iniciativas mundo afora", sugere Ramonet, para que o processo de acompanhamento crítico da mídia se fortaleça como uma espécie de 'quinto poder'. "Estamos sugerindo um encontro mundial, quem sabe no Brasil, ligado ao processo Fórum Social Mundial de 2009, que ocorrerá em Belém, para unificar os observatórios de mídia".

domingo, 28 de outubro de 2007

Fórum Social Sul no Jardim Ângela



Terminou neste sábado, dia 27 o III FSS no Jd Ângela, realizado pela Sociedade Santos Mártires cujo presidente é o Padre Jaime Crowe.

Foram 3 dias desde a abertura e comparecerem milhares de pessoas da região sul considerada periferia para discutir assuntos de conscientização e de luta dos mais pobres.
O início contou com a presença de Oded Grajew criador do Fórum Social Mundial, cuja última edição foi em Nairobi.
Destaque para o painel do Tribunal Popular que fechou o evento deixando a comemoração com duas bandas regionais.
As matérias completas você poderá ver no blog: http://ongpoint.blogspot.com/


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Doutores da Alegria humanizando os hospitais





No Congresso de Humanização Hospitalar aqui em São Paulo fiz uma entrevista com o Wellington Nogueira que contou sobre o Doutores da Alegria e sua atuação nos hospitais.

Victor José – Estamos aqui com o Wellington, do Doutores da Alegria, e eu queria comentar com você, há quinze anos atrás você começou com o Doutores da Alegria e hoje o Doutores da Alegria está aqui com o Viva e Deixe Viver (ONG) fazendo um congresso de humanização hospitalar. Como é que é isso?

Wellington Nogueira – É exatamente a oportunidade. É assim, toda ONG gera conhecimento e nós nos preocupamos muito em organizar esse conhecimento, mas você não pode ficar cultivando esse conhecimento no fundo do teu quintal, então você tem que disseminar. Eu acho que todas as ONG’s, hoje, estão tendo oportunidades incríveis de criar tecnologia social, de trazer inovações que podem inspirar segundo setor, podem inspirar governo, trazer soluções. Então é muito importante que a gente abra o espaço para disseminar esse conhecimento e criar espaços de conversa, espaços de reflexão pra promover mudanças pra melhor. A questão da saúde é uma questão extremamente premente. Quando a gente começou há quinze anos atrás, nos começamos a ter um feedback dos hospitais que falavam “Olha, a gente tá vendo que é possível ter alegria, ter leveza, sem a perda de foco, sem perda da seriedade, sem perder o objetivo que é curar”, então será que pode ter mais? A gente ouvia dos profissionais de saúde que a alegria humanizava o hospital. De repente a gente vê essa expressão “humanizar” rolar que nem uma bola de neve, ficar grande e, em 99, o governo lança o Programa Nacional de Humanização do Atendimento à Saúde, reconhecendo que tem muito espaço pra crescer e pra desenvolver na formação do médico e do profissional de saúde, na inovação no conceito de humanização, no olhar sobre a doença, no olhar sobre o oficio, no olhar sobre o paciente. E a nossa missão é levar alegria, e as pessoas geralmente entendem como sendo o riso, a gargalhada, mas o riso e a gargalhada são formas de você expressar alegria, porque na verdade nós entendemos que a alegria, ela começa aqui, no encontro entre duas pessoas, no olho no olho, em você olhar, ouvir e entender a necessidade do outro e agir pra suprir, e ai o outro vive o alivio “aahh, entenderam o que eu precisava, que legal”. Visto dessa forma, a alegria não é mais privilégio de uma dupla de palhaços no hospital, qualquer um de nós pode, da sua maneira, colocando em exercício as faculdades do olhar, da audição, do falar, do dialogar, pode gerar alegria. Eu entendo que esse é o anseio de todas as pessoas em seus ambientes de trabalho, de colocar mais alegria, de colocar mais leveza, de resignificar o trabalho da gente e o trabalho para o outro, com o outro, em prol do outro. Então o fórum, o congresso de humanização, o espaço de discussão pra nós hoje se tornou estratégico, disseminar conhecimento através de eventos como o congresso de humanização, porque nós estávamos lá testemunhando, mas nós não temos respostas e não somos solução, a solução vai vir de todo mundo conversar. Isso é tão rico, isso é tão gratificante, porque extrapola e muito e você aprende com as pessoas e eu acho que o melhor disso é que você constrói, a gente não sai com respostas, mas a gente sai com motivações pra promover mudanças. O congresso foi uma forma de fazer isso, o "feeling" do Doutores da Alegria, o documentário, foi uma maneira, não de promover a ONG, mas de levar para as pessoas que estão fora do hospital um pouco daquilo que mudou o nosso olhar sobre a vida. Todos os 47 artistas estão olhando pra vida e se relacionando com ela de uma maneira diferente, agora 47 artistas é muito pouco, a gente tem que dividir isso com um número maior de pessoas. Então eu penso que no Brasil hoje as ONG’s têm uma oportunidade muito grande de: habilidade de mobilizar recursos e fazer muito com pouco, gera inovação, gera inspiração , novas tecnologias e uma serie de oportunidade pra gente construir o país socialmente justo e equânime que a gente quer.

Victor José – Esse país e essa forma de construir não são tão fáceis assim, você deve ter muitos obstáculos, como o financeiro, a estranheza e a incredulidade do setor de saúde para com um projeto desses, pensando que possa não dar certo. O que eu falei faz sentido?

Wellington Nogueira – Faz, mas sabe porque, humanizar, tudo o que tem o lado humano remete a gente à subjetividade e a gente ainda é prisioneiro de uma cultura muito focada em resultados através de números que você conta. Eu me lembro também, com o Doutores da Alegria, quando eu comecei há 15 anos atrás, eu achava que era tão evidente a potência do trabalho que qualquer empresa, qualquer pessoa gostaria de contribuir com ele, mas a realidade é muito outra, não era assim, mas a gente foi indo, porque tudo isso sinaliza uma mudança de cultura e enquanto as pessoas não têm certeza de onde é que elas estão colocando os pés, elas não se sentem seguras. Então a gente tem que justamente usar a nossa criatividade pra poder ocupar cada vez mais espaço, poder mostrar, sensibilizar e mostrar como é importante fazer investimentos nessa área, tanto na área social quanto no fomento das discussões que encaminhem pra mudanças, não só mudanças de cultura, mas mudanças de atitude, mudanças de gestão. E a área social, a própria expressão “responsabilidade social corporativa” é uma coisa muito nova, tem o quê, 10, 12 anos?! A gente ta começando a aprender, acho que é um brinquedo novo, mas é um caminho sem volta. No hospital eu aprendi com as crianças que você pode se apegar no que é problema, mas você pode também entender o que é o problema e se apegar, se prender ao que está bom. Baseado no que eu aprendi no hospital eu estou procurando trabalhar e agir dessa forma, ocupar os espaços. Eu acho que as ONG’s bem geridas têm condições de ser modelo pra novas formas de gestão, novas formas econômicas, novas formas de gerar recursos, de ser exemplo. Ao invés da gente pegar o modelo americano, o modelo europeu, a gente aprender com eles e criar os nossos modelos. Eu trabalho hoje, sinceramente, pra apagar o fio entre segundo e terceiro setor, porque a gente está vendo que é cada vez mais insano separar, compartimentar... o quê que de bom do segundo pode migrar para o terceiro, o quê de bom do terceiro pode migrar para o segundo, as transformações vão estar ai. Hazel Henderson já fala isso, quando ela fala do PIB invisível, a gente olhar lucro de uma outra forma, resultados de uma outra forma. As ONG’s estão aí para isso, de outra forma a gente só vai crescer em numero de ONG’s e mudança efetivamente, o quê que vai acontecer?A partir dessas cooperações, a partir dessas ações mútuas a gente pode inspirar governos a mudanças, rediscutir impostos, rediscutir legislações. A sociedade tem que ser um organismo mudando, mas o que as ONG’s podem propor, tendo a flexibilidade de criar novos modelos, é que essas mudanças vão ocorrendo e sempre olhando por um outro ângulo, não pegando modelos e arremedando, como por exemplo, pegar um modelo empresarial pra gerir uma ONG, mas criando os modelos. Será que eu posso gerar recursos com base em desenvolvimento humano e promover mudanças? Quem são os meus acionistas? Pra uma ONG, quem são os acionistas? Será que são as crianças que estão no hospital, por exemplo? Quando você começa a olhar o sistema por outros pontos de vista é que você começa a ter oportunidades de gerar mudanças.

Victor José – Mudar o paradigma, né?

Wellington Nogueira – Exatamente, mudar o paradigma pra gente poder implementar ações que mudem esse país. Todo mundo tá cansado, porque que tanta gente ta falando tanto em alegria, emocionalidade, inteligência emocional? Porque as pessoas não estão satisfeitas do jeito que as coisas estão. Agora, o que a gente não pode é se acostumar com isso, a gente não pode dizer “ah, é assim” e não fazer nada e só reclamar, porque reclamar não muda nada, dó não muda nada, ficar penalizado não muda nada, o que muda é efetivamente a ação, ação consciente que vem de “eu não estou contente com isso e eu quero mudar esse história”, e a gente ter consciência também que ssa mudança (risos) ela não vai ser pra já, ela é construída, mas a gente vai mudando e construindo um futuro melhor pros nossos filhos, pros nossos netos. Mas eu tenho muita esperança no Brasil, mas a gente precisa ter essa noção, porque não adianta reclamar dos políticos se a gente votou neles, não adianta reclamar que tem fila nos hospitais públicos se a gente não faz nada pra clamar de volta a força da saúde pública como usuário e exigir que o serviço aconteça, a gente tem que fazer. E o bom das organizações da sociedade civil é que muitas das tecnologias vêm da prática, vêm de fazer primeiro e depois vamos documentar e vamos organizar.

Victor José – O Observatório das ONG’s agradece tudo o que você falou e compartilhou com a gente e a possibilidade de estar aqui, vendo esse evento, aproveitando desse evento, aprendendo com esse evento e, tentando, na democracia da mídia, passar isso pra muitas mais pessoas e organizações que estão nos assistindo. Obrigado!

Wellington Nogueira – Eu que agradeço. Muito obrigado Observatório das ONG’s pelo espaço, pela cobertura do evento e que a gente possa estar juntos muitas vezes, trocando conhecimentos, experiências que possam ser disseminadas pra construção de um Brasil melhor. Obrigado.
Uma das coisas que o Welington comentou comigo é que devemos fazer como as crianças, elas não olham para o que está acontecendo de ruim, não ficam murmurando, elas simplesmente concentram suas energias nas coisas boas e se divertem com isso.

domingo, 5 de agosto de 2007

Fórum Social chega aos EUA





Foi em 27 de junho deste ano e terminou em 1 de julho e aconteceu lá na terra dos americanos(as) do norte o primeiro evento do FSM. Parecia que não poderia dar certo, mas deu, existe nos EUA um movimento de cidadania que reconhece a importância do resgate dos excluídos americanos e do mundo. Lá as pessoas que participam dos grassroots, a base popular, estiveram presentes para afirmar que outro mundo é possível e um outro EUA também.

Cândido Grzybowski, sociólogo e diretor do IBASE conta que os participantes eram da base da pirâmide social, dos movimentos negros e indígenas, dos movimentos por justiça ambiental, dos aguerridos grupos de migrantes legais e clandestinos, do renovado movimento de trabalhadores por empregos com justiça, das famílias de pobres e sua campanha nacional por direitos e inclusão. Era gente com problemas e propostas que lembram os(as) excluídos(as) de todos os povos do planeta. A determinação desses grupos é notável. Mesmo com poucos recursos – pois os apoios conseguidos com os tradicionais financiadores foram pequenos –, eles demonstraram muita vontade e capacidade para organizar um FS impactante pela ampla e diversa agenda de temas postos em debate.

Ele também conta que Atlanta é a terra de Martin Luther King, líder negro da luta por direitos civis. Para os participantes do fórum, Martin Luther King é uma inspiração. Além disso, Atlanta, capital da Georgia, no Sul dos EUA, lembra a nova pobreza em meio à riqueza excludente. Próxima a Nova Orleans e da devastação provocada pelo Katrina, Atlanta abriga alguns dos grupos pobres de lá expulsos pela indiferença dos governos diante de seus dramas. Claro, Atlanta também é o berço da Coca-Cola, o refrigerante símbolo de uma globalização e de um estilo de vida combatidos pelo FSM. Aliás, além da passeata de abertura no dia 27, sob forte sol, com uns 5 a 6 mil participantes, uma outra foi organizada, no dia 30 de junho, até o QG da Coca-Cola. Mesmo pequena, a forte vigilância policial revela o temor do establishment diante da ousadia dos militantes da Campanha dos Pobres por Direitos Humanos e Econômicos (PPEHRC).

O Fórum Social Mundial tinha que passar pelos EUA e foi um marco pela luta dos Direitos Humanos em todo mundo, apesar da pouca e distorcida cobertura da mídia de mercado, foi importante saber que existe vida inteligente e humana naquela nação que invade países a revelia e e se coloca como dona do mundo.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Petrobras fala sobre relacionamento com ONGs

Ontem, dia 12 de junho, dia dos namorados nada mais apropriado do que falar sobre relacionamento. Aconteceu no Rio de Janeiro o lançamento do Balanço Social e Ambiental de 2006, Wilson Santarosa, gerente executivo de comunicação da Petrobras, concedeu um entrevista exclusiva avaliando a importância das ONGs na expressiva subida da colocação da Petrobras no raking da avaliação anual da pesquisa mundial "Reputation Institute". A performance da Petrobras foi surpreendente, ela subiu de octagésimo terceiro para oitavo lugar no raking. Santorosa disse: Sem a participação das ONGs nós não teríamos alcançado o que nós alcançamos, é um prêmio e ao mesmo tempo é mais responsabilidade porque para subir até aí não foi muito difícil, mas para permanecer aí nós vamos que ter um relacionamento muito grande com todo o terceiro setor e que as ONGs nos fiscalizem é isso é ótimo para nós porque nos faz trabalhar para garantir essa posição ou melhorar a posição nossa. No relaciomento com as ONGs, eu acredito que tem muito a desejar ainda, da nossa parte, mas creio que avançamos bastante, somos mais transparentes, mais próximos das ONGs e das comunidades e a nossa intenção é abrir cada vez mais para que as ONGs tenham acesso àquilo que não tinham antes, eu acho que já está bem próximo do ideal mas ainda falta alguma coisa e eu acredito que seja da nossa parte. Nós vamos tentar melhorar.