sexta-feira, 30 de março de 2007

Chico Witacker nosso Brother


Falar com o Chico é sempre uma oportunidade muito valiosa, escutar a sua experiência de vida então nem se fala. Ele continua ativo, provando que o que Picasso diz é verdade: demora para gente ficar jovem. Recentemente o Chico recebeu o prêmio Nobel alternativo que destaca o trabalho social de pessoas e instituições de todo o mundo e é considerado a ante-sala do Nobel da Paz e foi receber lá na Suécia, mais que merecido, ele realmente tem feito um trabalho para um outro mundo possível.


Qual a experiência de Fórum que você está vivendo?

Eu acho que é a confirmação de que se fossem abertos espaços deste tipo pelo mundo afora é algo que precisa ser feito mesmo e ser repetido várias vezes. A quantidade de coisas que estão acontecendo, as reuniões, as mais diversas, as mais inesperadas. Debates pegando questões como a própria noção do espaço do Fórum, eu participei pelo menos de dois, que vão fundo nas questões: Para que o Fórum? Para que o espaço aberto?, e outras, até verificar um grupo de mulheres aidéticas que se reúnem para trocar experiências e ver como superar, africanas de diferentes países ou jovens que se encontram para ver exatamente do ponto de vista deles, tudo isso está acontecendo aqui, são mil atividades diferentes nestes três dias.

Eu acho que criamos neste Fórum efetivamente na África um acontecimento histórico, a África não será mais a mesma depois deste Fórum, porque houve esta possibilidade das pessoas se reconhecerem não só entre países do mundo, mas entre nações africanas que foram divididas, também entre tipos de atividades, tudo isso está acontecendo aqui numa continuidade absoluta. Claro que temos mil problemas de organização, é óbvio, temos que admirar os companheiros quenianos que assumiram a organização deste Fórum, são heróicos, não é, estão pagando um preço pessoal de cansaço de tudo e muitas incompreesões, muitas. Tem gente que vêm aqui e espera que tudo tem que funcionar perfeitamente, mas na maioria das vezes não encontra. O espírito do Fórum é exatamente esse. Não tem que esperar que venha de cima tudo prontinho, não. Tem sim que participar, assumir e co-responsávelmente solucionar problemas. Tenho visto acontecer isso aqui. Eu encontro pessoas e pergunto: - Como está? Tudo bem? Ela responde: - Não, hoje de manhã estava tudo mal, mas agora a tarde está tudo bem. E quem foi que resolveu? Eles mesmos resolveram. Eles encontraram saídas para os problemas que eles tinham. Então acho que é uma experiência nova, foi uma experiência nova para a África, e para nós todos que participamos deste processo uma experiência nova de trabalhar nas condições que existem na África. Para construção do Fórum nós simplesmente acompanhamos, toda a responsabilidade foi dos africanos, eles que assumiram todas as tarefas administrativas, nós simplesmente demos a nossa experiência para eles, na medida do que foi possível. Eu diria que é uma beleza, este Fórum, todo mundo sai daqui energizado, seguramente. Tenho inclusive o testemunho de jovens que dizem: - A gente sai daqui com uma energia !
Porque eles descobrem inclusive que podem ser sujeitos, tem gente aqui que é do movimento Mau Mau, nos tempos de juventude os Mau Mau apareciam para a libertação do Quênia, era tudo meio combinado com terrorismo, coisas de hoje, eram os povos se libertando, eram os grupos querendo saída da dominação. Eles tem um movimento que diz: Mau Mau lutando contra o terrorismo desde 1980. É o que diz no cartaz deles. Na marcha de abertura, estavam lá os velhinhos os sobreviventes, daquelas primeiras lutas, primeira vez que estão tendo oportunidade de aparecer, peito aberto para ao sociedade, nós existimos, queremos fazer coisas queremos ajudar. Então a busca de alternativas, por exemplo, eu soube que o pessoal que trabalha com a água tem uma chamada, deram para juntas as mais diversas iniciativas e chamadas e estão partindo para outras.

E neste Fórum nós demos um passo importante, deixamos um dia do Fórum só para discutir o futuro das organizações - O que elas pretendem fazer? Que inclusive respeitando absolutamente a diversidade das propostas e fazer com que na tarde deste quarto dia, elas estarão num lugar comum, os 21 temas, e vão contar um para o outro o que pretendem fazer em 2007. Vai ter depois um ato simbólico bonito do fim deste Fórum. Vamos plantar árvores e pegar a mensagem da nossa prêmio Nobel queniana uma mulher que tem exatamente esta proposta de fazer renascer a floresta, a natureza. É uma luta ecológica importante e depois disso vai ter na festa final de depois de amanhã, vai ser seguramente uma grande celebração.

Eu espero que a gente saia daqui com muitas avaliações, do ponto de vista da organização, muitas coisas a gente poderia ter evitado, questões secundárias, porque a principal questão é que foi feito um Fórum Social Mundial na África ! Este tipo de espaço nunca existiu para os africanos, então é um passo para frente e a gente vai daqui para frente avançar muito mais. Inclusive nós brasileiros aprendemos, porque aqui na África ninguém se trata como você, o outro, etc, eles se chamam de irmãos e irmãs, quando eles se reúnem é assim que um se refere ao outro, quero dizer, este sentido de que somos uma humanidade que tem que viver na fraternidade, é profundo neles, na própria linguagem. Quem sabe a gente comece a se dirigir no Brasil a se dirigir para os companheiros de luta, dizendo: Meus irmãos e minhas irmãs. Vai ser divertido se acontecer isso aí. Não temos principais entre nós, somos BROTHERS.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Cristina Carvalho Pinto e o mercado ético.


Cristina presidente da Full Jazz em entrevista para o Observatório das ONGs conta como é a nova atividade que participa: Mercado Ético. É original e surpreendente esta iniciativa no mercado de agências de propaganda, um setor tradicionalmente afeito as práticas éticas do capitalismo. Isso mostra que o terceiro setor está se profissionalizando e influindo nas mudanças de mentalidade dos empresários.

O Mercado Ético é uma plataforma multimídia que nasceu do coração e da mente de uma mulher que eu considero o maior gênio feminino da humanidade e com certeza um dos três maiores entre masculinos e femininos da nossa era. E a Hazel Henderson, se a sua curiosidade for grande acesse http://www.hazelhenderson.com/. Essa mulher, só para você ter uma idéia da genialidade dela ela nunca se sentou num banco de universidade, no entanto, ela é inglesa, na época do pós guerra a Europa muito deprimida, ela foi morar no EUA, se casou e teve uma filha. A menina voltava todo dia no final da tarde, brincava ia para a escola e voltava com o corpo todo sujo de fuligem e ela começou a falar: Nossa ! Isso que eu estou falando é na década de 50, a Hazel hoje é uma mulher de, imagino eu, 75 anos, e que dá um banho em todos nós. Ela falava: Meu Deus como é que pode, minha filhinha. E começou a falar com outras mães e descobriu que todas elas, realmente estavam impressionadas, porque a criança brincava um pouquinho e já subia, assim, parecia uma camada de alguma coisa forte sobre a pele. Então ela fez, na verdade, um grande movimento de mães em Nova Iorque, ela escreveu para o prefeito, ela fez passeata, foram as ruas, acho que foi talvez o primeiro grande movimento de cidadania destas últimas décadas, de uma dona de casa. E este movimento acabou levando este grupo de donas de casa e mães para o prefeito. O prefeito acabou mexendo com a questão da emissão de poluentes da indústria em Nova Iorque, estou falando de há muitas décadas. E essa mulher começou a perceber que ela tinha uma agudeza de visão para o mundo da macro-economia. Para fazer a história curta, ela começou a se corresponder com os grandes PHDs das grandes universidades do mundo, acabou ganhando o título de honoris causa em economia por todas a grandes universidades que se pode imaginar. Criou um processo de mídia, que aliás ela faz a muito tempo, o mercado ético é um novo produto desse processo, pelo qual, ela vai de forma muito clara, muito simples e muito prática mostrar o que está errado na nossa visão econômica e como é que a gente pode rapidamente implementar sistemas novos sustentáveis que tragam mais harmonia mais equidade, que sejam mais equânimes para o ser humano para as nações, para corporações, mais éticos, mais justos, etc. O mercado ético, no fundo, é isso, uma plataforma multimídia. Nós temos o portal, esse portal tem uma dinâmica incrível, muda todo dia, programas de televisão todo dia, entrevistas incríveis, e nós temos o portal, a televisão e um desdobramento destes produtos voltados a sustentabilidade que é o tema do mercado ético, para dentro de empresas, das universidades. Então a pessoa que está acessando o portal fala: Puxa vida, eu queria contratar um desdobramento dentro da minha empresa, eu estou interessado nestes temas aqui, esse, esse e esse. Ela entra em contato e a gente monta um trabalho a 4 mãos e fica meses trabalhando para que haja uma transformação, inclusive das culturas empresariais.

Se você é movido como nós, no fundo, no fundo, pelo afeto, por tudo, por todos, continua nessa linha porque nós temos um longo caminho aí pela frente. E se quer conhecer mais da gente entre no nosso portal: http://www.mercadoetico.com.br/

quinta-feira, 15 de março de 2007

DANNY GLOVER no Fórum Social de Nairóbi



Danny um dos protagonistas do filme Máquina Mortífera esteve no Fórum representando uma ONG chamada Tran África Forum e falou a respeito do Fórum e vários assuntos.

Qual o seu propósito em estar aqui na África?
Em primeiro lugar deixe-me dizer obrigado, antes de tudo, obrigado, por esta conferência com a imprensa este fato é próprio, uma reunião com a imprensa ocupando uma sala da gente brasileira. O povo do Brasil que apóia muito o motivo de um outro mundo é possível e algumas missões e os objetivos do Fórum Social Mundial. Eu de fato; nas primeiras reuniões foram em Porto Alegre e deixou no começo uma imagem indelével à possibilidade que existe conosco seres humanos neste planeta. Vamos ao ponto da razão porque eu estou aqui, então razão para eu estar aqui são muitas, nós estamos participando de sete conferências de imprensa uma especial do impacto da guerra sobre o terrorismo nas comunidades, nas nações em todo mundo, o impacto da guerra do terrorismo sobre as idéias da democracia. Esta é um dos motivos que estou aqui, para participar ouvir e escutar o povo. Nós temos uma especial afinidade com a secretária para as políticas e promoções, ah..promoções de políticas contra o racismo, nós temos um especial relacionamento com ela, relacionamento que começou diretamente e nasceu na conferência sobre o racismo e xenofobia na África do Sul, eu estive em Durbain 2001 na África do Sul, então tem muita coisa para falar aqui e umas das coisas que temos que falar para nós agora é apresentar a nova diretora executiva para a Trans África Forum. Eu sou o presidente do conselho da Trans África Forum mas eu quero apresentar a Nicole, ela é a nova, é muito brilhante e muito especial.
Bom você é a nova executiva da Trans África Form, qual é a missão desta instituição ?
Trans Africa Forum é uma instituição americana de trinta anos para organização de políticas e nos dedicamos a garantir que um novo mundo é verdadeiramente possível para o povo do mundo africano. O mundo africano não é somente o continente africano que nós temos muito prazer em estar aqui para celebrar este momento histórico que pela primeira vez o Fórum Social Mundial acontece aqui no continente da África. A missão do Trans África vai além do continente africano nós estamos interessados em assegurar que as políticas americanas sejam justas e limpas, para o povo do mundo africano incluindo os caribenhos e os latinos americanos. Nós estamos muito interessados no que acontece com os afro-descendentes na América Latina e o que a sociedade civil e os governos estão fazendo para garantir suas políticas de justiça e transparência para este povo.
Você acha que Hollywood pode produzir filmes para induzir o mundo para uma nova consciência e um novo mundo?
Eu acho que nos também procuramos por novos caminhos que podem criar um novo mundo e também outros caminhos onde poderemos promover imagens que reforcem a imaginação do povo, imagens que reforçam a solidariedade dos povos, que reforcem suas identidades nacionais e étnicas, este é o tipo de história do filme, falando historicamente que nos promovemos e que precisamos promover. Que falam de um mundo justo, um mundo de valores da contribuição de cada um, a contribuição dos afro descendentes, a contribuição dos descendentes dos espanhóis, dos descendentes dos asiáticos, dos descendentes europeus, eles todos devem trazer histórias fundamentais e o foco que cada um de nós espera ou nossas expectativas são: Quem somos nós como seres humanos neste planeta. Este é o tipo de filme que deve ser feito, eu estou muito animado com isso e quanto mais eu estou nesse negócio eu fico cada vez mais animado com este tipo de filme, porque eu vou a lugares no Brasil, lugares na Venezuela, eu vou em lugares como Quênia, lugares no Sul da África e lugares em todo mundo, e eu vejo esta nova iniciativa de histórias contadas pelo povo que é mais favorecido por ter visto algumas visões deles nos filmes. Eu vejo sua suas transformações na história, seus mudanças de integridade, sua própria dignidade, através de agregar isso nos filmes que são feitos.
O que você pensa sobre o movimento hip hop?
É muito fascinante porque o movimento hip hop em cada aspecto da sua evolução é parte de uma tendência de crescimento do pessoal jovem que tenta ter voz e tenta um jeito de engajamento na corrente, em ter poder nas suas próprias vidas. É um movimento de empoderamento. Menos a sua comercialização, os descontos, este tipo de empoderamento é desaconselhável. Mas nós os vemos falando com os outros e eles falam com os outros, os palestinos falam com os outros, os japoneses falam com os outros, eles se unem falando com outros, os brasileiros falam com os outros, os venezuelanos falam com os outros, os americanos falam com os outros, os americanos, vamos saber do dia deles o que representará uma parte vital, parte de como nós queremos ver o mundo, como o deverá mundo vir a ser unido, como o mundo precisa, precisa ser visto. O seu poder é importante e sua consciência é importante para criar este novo mundo que nós vemos.

(diretora de Trans Africa Forum)

Como uma organização nós temos um número de conselheiros que são famosos artistas populares nos EUA. Chuck Dee que é fundador de um grupo chamado Públic Enemy um grupo instrumental que garante que os grupos hip hops não tenham uma imagem negativa mas políticas progressivas positivas tem surgido nos EUA. Como uma organização nós vemos isso ainda como um algo importante neste momento que traz progressivamente vozes que vem da América Latina, vem da África, da Palestina e são ouvidas não somente nos seus paises mas internacionalmente, especialmente nos EUA onde você deve realmente ouvir estas vozes progressistas e positivas de outros países então eles não estão sozinhos na sua luta há alguma coisa que pode ser feita. Estas vozes que vem do mundo todo, elas verdadeiramente são divulgadas nos EUA e isso é muito importante para nós.

(Danny continua)
O nosso conselho da Trans África é de multi-geração nós esperamos que os membros dêem visibilidade ao conselho, nos esperamos trazer como membros do conselho quem é descendente de africanos, que vive no Caribe, que vive na América Latina, africanos, nós temos membros africanos no conselho Mantidje Auara, quem vem da Guiné, o famoso Scaler que é da Universidade de New York. Mas olhe toda esta idéia que você mencionou, voltando a sua questão, sobre os jovens, porque é automático quando você fala da geração hip hop você fala de gente jovem, nós temos uma diretora nova aqui que definitivamente tem parte na geração hip hop, nós temos, como eu digo, nós temos cada uma das gerações como Henry Bellafany, que fará 80 anos no final do mês, que está tão vivido como eu, um cidadão já senhor e gente nova com ela, no conselho da diretoria.
Como você estima o impacto do Fórum Social Mundial na África?
Nós sentimos que certamente o tempo do Fórum na África é algo profético em certo sentido, temos que dizer que tem tido algum impacto nos assuntos desagradáveis que estão ao nosso redor o terrorismo mundial. O mundo social precisa reunir gente que vem unida da sociedade civil, que vem unida dos ativistas, precisa ter impacto nos assuntos que afetam crianças e mulheres: o HIV, precisa ter impacto em como nós vemos o desenvolvimento, um mundo mútuo com várias formas de pensamento mas longe do paradigma liberal, tem que ter impacto também quando resolvemos um conflito. Ele, tinha acontecido o chamado para fazer o desenvolvimento que somente acontece no processo de paz. O rei freqüentemente refere-se dizendo: Paz não é a simples presença de não hostilidade mas a presença de justiça. Então todas estas coisas são importantes quando olhamos para o Fórum Social Mundial e o papel que fazemos neste continente tem que ser exemplo de que podemos fazer papéis semelhantes em todo o resto do mundo. Mas é importante, em particular, que nós façamos foco nas questões raciais, foco no assunto: o que a democracia significa neste tempo que falamos sobre a guerra, o que chamamos de guerra, da guerra fria, o terrorismo. Foco no que acontece neste continente e nós, é nossa responsabilidade porque todo o próprio continente verdadeiramente tem um lado, e a própria política palestina é uma política injusta, nos precisamos entender e ver o papel que os chineses fazem no continente. O Brasil, a secretária especial Sra Matilde, que está aqui veio ao continente 17 vezes, o presidente Lula veio de 17 a 21 vezes. Então os latinos americanos estão interessados no continente pela sua presença e pela sua relação que tem nas comunidades dos descendentes africanos. Falo sobre o Brasil, falo sobre a África: dos 165 milhões de habitantes, 80 milhões são descendentes de africanos.
O que mais surpreendeu você no Fórum?
Eu estou surpreso por tudo, pela multiplicidade de gente, de gerações, de gente jovem que está aqui, jovens ativistas, eu não estou surpreso que o governo brasileiro e a sociedade civil está aqui. O governo da Venezuela e a sua sociedade civil também estão aqui. Eu não estou surpreso por tudo isso. Eu penso que estou perplexo em podermos estar juntos e nós precisamos continuar juntos, nós precisamos reforçar um ao outro onde estivermos trabalhando para mudar este mundo. Eu continuo acreditando que esta idéia de que um novo mundo é possível, é duradoura, é brilhante, é forte e ainda apaixonante.
Qual é a importância em estar perto do governo brasileiro e da sociedade civil?
Isso fala por si mesmo, quando eu penso sobre o trabalho que o governo brasileiro está tentando fazer, o trabalho que acontece no relacionamento e na integração deste esforço, em outros paises como Uruguai, Venezuela, No Equador os esforços para democratização, a passagem para democratização que acontece, isso me deixa estimulado, eu fico animado com isso, eu sinto que há representatividade nas idéias, idéias práticas de desenvolvimento, eu estou alegre e agradecido por falar com a secretária especial Sra. Matilde, eu posso chegar ao seu escritório, e olhar para muitos aspectos da sociedade civil e ter um diálogo, criar um diálogo, diálogo é capacidade de renúncia e em muitos lugares no mundo esta é a idéia, isso pode trazer a tentativa de como lidar com estes assuntos, assuntos dos povos que estão em conflito a muitos anos muitas gerações, eu acho que está é a possibilidade, eu estou muito feliz por falar com o Brasil, e outros paises no Caribe. No Brasil tem que ser uma relação vital, uma que garante paz e justiça que a gente da raça merece. O relacionamento do Brasil com o resto do Caribe é uma relação muito importante, nós temos que achar um processo de integração, nós entendemos que 150 milhões de descendentes de africanos estão nesta região, somente 35 milhões vivem nos EUA, é um número muito pequeno, então a maioria vive além do mundo americano. Onde nós vamos encontrar, achar essa integração entre os assuntos dos afro-americanos nos EUA, assuntos dos afro-descendentes no Norte e assuntos do afro descendentes no sul. Noventa por cento dos descendentes de africanos vivem na pobreza. Africanos descendentes do Haiti descendo todo caminho até a ponta da América do Sul.
(diretora Trans África Forum)
Nossa singularidade tanto como organização como gente é que nós temos identificado o fato que é extremamente importante não somente o que acontece em todo mundo mas direto no nosso quintal para entender onde estão as intersecções entre o que acontece no Brasil, o que acontece na sociedade civil no Brasil. Que coisas que vocês estão fazendo que estão funcionando? Ter certeza que vocês tem um tipo de governo que representa o que o povo quer, isso é alguma coisa que certamente que nós precisamos aprender. É muito estimulante ser parte deste movimento no tempo que nós realmente podemos interceder, isso não é vil, estar envolvido com o que está acontecendo em todo mundo, ter possibilidade de vir e visitar. E observar, o que a sua sociedade civil organizada tem sido capaz de realizar? Agora nós sabemos que Danny Glover é uma personalidade e nosso outro membro do conselho James, eles são muitos envolvidos, significa a segurança que nós como americanos aprendemos o que acontece no Brasil, Venezuela, e outras sociedades que tem fortes movimentos progressistas. Como organização nós estamos muito animados em 2007, para nos dedicarmos como instituição para garantir que nós também estaremos mais envolvidos com o Brasil e em outros lugares.
(Danny continua)
Isso também é reconhecido, esta é uma nova iniciativa que nós estamos falando nos últimos 4 anos então há muito trabalho para fazer e isso significa muitos outros caminhos nos quais podemos nos engajar mutuamente para ter certeza que neste trabalho percorremos em uma mesma direção e especificar as coisas que queremos, mas a vontade política, a vontade de fazer o trabalho é essencial e o que sentimos em todas, em cada relacionamento em cada encontro que isso tudo não é verbalizado simplesmente, é alguma coisa que é real e está no espírito do povo e o espírito do povo é uma espírito de bom de mudanças.
Para parte do Brasil você é um herói pelo seu papel em Máquina Mortífera, e para outra parte ou seja o povo que trabalha com inclusão social você é também um herói por ser um ativista, como você lida com estas duas identidades e qual delas deixa você mais contente?
Bem e primeiro lugar a idéia de ser um herói me deixa um pouco desconfortável, eu sempre agi com a idéia de ser um cidadão. Eu estou marcando um momento extraordinário na história, James e eu viemos para o mesmo momento, muito ativismo, muito senso de responsabilidade social, vem na verdade de que queremos imitar essa gente que está fazendo este tipo de trabalho, muitos homens e mulheres de todo mundo então homem e mulher que estão fazendo este trabalho pelo mundo todo, no lugar que eles estão... Faly Luheima nos EUA, onde eles estão... Thoman Boya, eles estão, no Quênia, no lugar que eles estão...Nelson Mandela, onde eles estão...Julius Neiera, toda esta gente que aparece freqüentemente associada ao movimento de despertar, Martin Luther King, Malcon X. Mas o fato é de que nascemos disso, então em primeiro lugar, o que você falou para mim e que eu preciso lembrar é que é algo sem suporte, sem apoio, eu sou um cidadão e ponto. Eu quero levar essa cidadania ao máximo, o máximo nível da responsabilidade, o maior nível de serviço ao mundo e serviço para a comunidade, que pode ser minha própria comunidade ou a comunidade de serviço no mundo. O outro trabalho que eu faço é cultural, e deixe enfatizar eu sou trabalhador cultural: eu sou um trabalhador cultural o trabalho que eu trago, vem a ajudar a visibilidade num sentido geral, de modo extraordinário, além dos trabalhos que as pessoas fazem, fazer que outros tentem me imitar, tentem entender: O que costumava ser o ser humano no processo da dinâmica da humanidade, na dinâmica da história? Então, parte disso é o que eu sou, parte disso permite que eu possa explorar um tipo de relacionamento que vai além das minhas limitações para entender e ser uma parte dessa enorme energia que cerca a história que é contada, que acontece de cultura, para cultura, para cultura. Como o povo se legitima nos reforçamos? Que somos seres humanos através da imagem de si mesmo. Este é meu trabalho como trabalhador cultural. Eles juntos ironicamente em algum sentido não têm separação entre os dois, eles juntos se cruzam, eles juntos se formam mutuamente, eles juntos se elevam mutuamente e eles juntos elevam meu espírito.
Danny, como você vê o papel das igrejas no desenvolvimento social?
Deixe-me dizer, deixe-me somente dar exemplos do papel, do papel das igrejas que eu tenho visto no desenvolvimento social. O papel da teologia da libertação em outros países, o papel da teologia da libertação na América Latina, na América Central em outras partes do mundo. É um elemento muito importante, de fato, nos podemos fazer um argumento para primeiramente dizer que o primeiro líder da teologia da libertação foi Martin Luther King porque ele pegou as idéias de justiça, ele pegou as idéias das orações, as idéias não vieram da igreja, mas do próprio conteúdo da religião. Mas a igreja sempre teve uma outra missão, missão não de levar o povo para o momento lá do céu, mas também, eu não sou suspeito, mas também para entender e ter responsabilidade social e ser responsável pelo acontece com o povo enquanto eles vivem cada dia, o dia, o momento do nascimento até o dia da morte. Nos todos vivemos e morremos, e a igreja tem um momento, um lugar onde o povo pode ir e conhecer uma igreja responsável por cada momento que temos aqui, entende, então eu penso que a igreja tem um papel significante executar o que eles tinham e tem, tocar um papel que eu penso que é próprio dela, mas precisa ser mais ainda, homens e mulheres que acreditam que a igreja é uma organismo para mudança, eles acreditam em Jesus Cristo, é o povo com que temos relações, a religião que nós respeitamos e honramos, aquelas religiões que são religiões para mudanças sociais, religiões para transformação, e religiões para nossa elevação que somos seres humanos.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mulher vítima de estupro no Quênia luta pelos seus direitos.




Encontramos no Quênia uma mulher corajosa, um exemplo a ser seguido, aqui ela conta a sua luta, sua enorme luta pelos seus direitos, direitos humanos.

Hadzua Fatma, eu sou a fundadora Organização Anti Estupro do Quênia eu fui a primeira pessoa disposta a testemunhar aqui no Quênia em 1993 porque eu luto pelos direitos das mulheres e das crianças que foram estupradas. Eu fui presa duas vezes e despida. Hoje eu estou muito feliz, porque temos muitos que testemunham, todas pensando como eu, elas querem seus direitos, justiça social, parlamento que as representem, elas querem levar esses assuntos para a Nações Unidas, por isso eu estou feliz hoje.
Nos encontramos o governo por conta própria, poder chegar lá e encontrar um representante nas Nações Unidas e eu estou preparada para ser um. Ontem eu estava no Comitê e nos estamos prontas para ir com um pensamento para ter uma nova Nações Unidas onde poderemos ter uma representante próprio da base popular com habilidade para articular os nossos assuntos, assuntos políticos, sociais e econômicos.
Que bom, quando você começou a sua luta?
Eu comecei esta luta em 1990, é um movimento voluntário, é muito difícil difícil para mim, porque os africanos você não pode falar de sexo, é um tabu, eu comecei a falar de sexo e de estupro, eles pensaram que eu era louca, porque nenhuma mulher podia falar de sexo.
Agora eu estou muito feliz porque os advogados estão comigo, os aldeões estão comigo, até os partidos políticos, porque até mesmo quando eu fui presa haviam políticos que se firmaram por mim. Eu tive 26 advogados da oposição ao governo que ficaram comigo.
Eu fui levada a Viena para a Conferência dos Direitos Humanos em Netherlands, para a conferencia, e também eu fui para o Reige, onde eu representei o meu problema de violação, pelo governo, pela polícia, é um problema muito comum aqui especialmente com as garotas e nas favelas. Eu estou muito preocupado sobre a prostituição, nós somos explorados as crianças são exploradas, para serem estupradas e vir a ter sexo com os Tuaregues, isso acontece muito na costa e também em Nairóbi, então eu permaneço muito alegre na minha luta e estou muito agradecida hoje porque outros homens e mulheres do mundo os lutadores que estão lutando em seus países estão também lutando comigo e outras organizações firmes nos Direitos Humanos.
No Quênia é muito difícil para nos falarmos e sermos entendidos, todos somos considerados errados, e somos mortos, muitos tem sido mortos, muitos, líderes estudantis, mulheres ativistas, eles tem sido mortos porque estão lutando pelos seus direitos, eu agradeço a Deus que eu sobrevivi até hoje, e continuo lutando com outros. Muitas pessoas como: Muruli ele era líder estudantil, ele lutava pelos direitos dos estudantes em na Universidade, ele foi adotado, estou torturado e eu o vi no hospital. E isso foi muito duro para mim. Eu estive com presos políticos como Aniona que morreu, Gadango, estas pessoas foram presas porque estavam lutando pelos direitos do povo nesse país, e eles explicaram para mim o que aconteceu com eles quando foram para as câmaras, como foram torturados, e isso tocou-me. E hoje quando eu ouço a mesma coisa acontecendo no Afganistão, quando o exército do Bin são violentos, acontece no Iraque, quando acontece no Líbano, em todos os países é onde a Nações Unidas não tem tomado nenhuma ação para tudo isso. Eu senti isso e dei um pulo lá, sentei naqueles lugares, eu fiz melhor que eles. Koufin Anan nunca falou sobre direitos das crianças, muitas centenas, milhares de crianças foram bombardeadas e suas casas destruídas. E ele nunca falou da violação do meio ambiente aquelas grandes bombas que caíram na terra do Afeganistão, do Iran, do Iraque, aquelas que trouxeram destruição da natureza, do meio ambiente, dos recursos naturais, que afetará o crescimento e a economia destes países. Ate mesmo sinto que o Iran teve o deslizamento de terras que poderia ter sido prejuízo do bombardeamento do Iraque. Nenhum cientista falou mas isso é o que eu sinto e pode ser verdade. Posso estar certa porque este é o resultado da destruição.
E o governo americano tem aumentado o seu terrorismo e o Bush é um terrorista, porque ele matou mais gente que o Sadan Hussein eu penso que eles deveriam abandonar seus postos, Blair também, deviam abandonar e dar as suas cadeiras para outros líderes.
Estou muito desapontada com o Obamas Kiss ele tem visto interesses em se firmar como presidente na América, ele é um afro americano cidadão, com todos os direitos que ele tem. Mas eu trago uma história muito ruim, que ele foi a Madarassa. Madarassa é uma escola islâmica estrangeira e isso dá créditos a ele, e eu pensei que isso será fato de descriminação porque eles não querem negros em altos cargos. Eu estive na América em muitos lugares em São Francisco e em muitos lugares na Califórnia, e quando eu fui lá soube que o povo negro não tem chance na universidade, porque este é o jeito de pensado no departamento de sociologia, eles não tem chance nas salas de decisão das escolas, universidades onde as decisões são feitas e aceitas, ate mesmo eles fazem uma pesquisa, uma pesquisa sem jeito de acessar antes. Algumas outras pessoas podem ter acesso a pesquisa, fazer outra e aí escrevem a sua pesquisa e podem não dar seus nomes e assim continuam. Quem eram eles? E isso foi contado num discurso verdadeiro na Universidade da Califórnia na qual eu falei.
Muito obrigado e parabéns pela sua luta.
Muito obrigado, agora eu luto com todos vocês.
Vocês lembram ? Eu fui presa muitas vezes e fui surrada pela polícia, fui surrada pela policia e eu fui hospitalizada duas vezes e fiz isso sozinha, sozinha, mas eu realmente fui brutalizada pela polícia, eu não era livre eu me escondia em qualquer canto e hoje eu estou livre e a luta continua.

Muito obrigado.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Rubem: um professor de música desempregado


Qual o seu nome?

Rubem
O que vc faz aqui no Kenia?
Quênia é meu pais e nos estamos procurando por emprego e como ajudar as nossas famílias.
Certo, quando você esta trabalhando o que você faz? Qual a sua profissão?
Minha profissão, eu fiz música e sou diplomado.
Tem muitos sem trabalho aqui no Quênia?
Por aqui temos muitos desempregados, eles não trabalham, como eu mesmo, estamos tentando conseguir emprego mas tem sido muito difícil. Agora nós começamos esta organização nos pegamos estas crianças e ensinando-as, com os fundos vindo da rua, e nós a reabilitamos em determinado lugar onde podemos conseguir, comida, amor, proteção e habitação. Mas agora está muito difícil porque não temos nenhum apoio dos irmãos e nem do governo.
E você não tem apoio nenhum do governo?
Nenhum até agora. Nós estamos buscando no ministério econômico mas é muito difícil, no nosso Quênia nada se consegue.
O que você faz com estas crianças?
Estas crianças e nos estamos ensinando e como eles conseguem a educação e como ter um melhor futuro.
O que você faz para sobreviver?
Nós estamos tentando buscar doações de fora, nada de bom tem vindo eu digo para você que parece um inferno.
O que você está fazendo aqui no Fórum Social Mundial? Você conhece este movimento?
Neste Fórum nos estamos muito gratos aos organizadores porque tem chegado muitas centenas de pessoas, pode ser a paz através do mundo e também chegando assim, nós precisamos estar muito organizados na nossa vida e do jeito que nós falamos para as pessoas que vem de fora.
Nós precisamos ter um novo conceito para a vida, isso não é rápido, não é rápido, nos tentamos mudar e tentamos ter um novo mundo.
Nos também tentamos conseguir quem tem esse conceito, e nos dê este conselho, e como fazer, porque nós precisamos de ensinamentos, outros ensinamentos de um povo diferente, porque não é comida, não é a roupa, não a proteção que nos somos feitos, nos somos feitos de alguns conselhos e ensinamentos como este que você trouxe agora para nós, nós estamos muito gratos nós quenianos, nos ainda estamos muito atrás, em muita coisa. Como agora nem tudo é sucesso, nós temos muito também, mas como você vem e utiliza, esse é nosso problema, mas nós temos somos muito gratos por americanos como você, você veio para nos ajudar, e nós somos muitos gratos, sempre que você vier vamos sentar e aprender muito de vocês. Muito obrigado por tudo.
Obrigado, tenha boa sorte e Deus que está vendo todos abençoe você, sua vida, sua família e seu pais.
Amém
Nós somos muito gratos e que Deus possa abençoar você para sempre e sempre e sempre.
Amém

sexta-feira, 2 de março de 2007

Marcha das Mulheres dia 8 de março. Participe !


A SOF é uma ONGs que participa da coordenação internacional e nacional da Marcha das Mulheres.
Maria Fernanda da SOF contou que durante todo ano as mulhers se reunem e debatem temas ligados as realidades das mulheres, "no mês de março a gente redobra os esforços em função da comemoração no dia 8 para que haja um ato bem forte que unifique todo o estado na bandeira feminista".
Devem e podem participar todas que estão em movimentos de mulheres e mistos também, movimentos dos trabalhadores sem terra, sindicatos, enfim todas a mulheres que querem construir um 8 de março, os partidos políticos deverão também estar unidos a esta Marcha.
Este ano a Marcha Mundial de Mulheres vai trabalhar com 4 pontos principais:
1 - Direito ao trabalho e denúncia da divisão sexual do trabalho. As mulheres sofrem ou com desemprego ou com trabalho sem regulamentação;
2 - Soberania alimentar a discussão contra o agro negócio, do latifúndio, que faz esta inversão do urbano com o rural.
3 - Não a violência sexista: lei Maria da Penha. Não se quer construir cadeias para que os homens lá seja colocados mas sim mudar o comportamento de agressão deles.
4 - Legalização do aborto. Se o estado laico, as orientação religiosas não devem orientar a sociedade. As mulheres ricas continuam fazendo o aborto e as pobres também mas seus métodos tem levado muitas a morte.
Muitas conquistas aconteceram durante este tipo de luta, as mulheres a anos atrás não podia votar, hoje isso parece banal, mas foi um avanço importante, porque a mulher é capaz de pensar e de escolher, além é claro de conquistas pontuais, quando a Lei Maria da Penha é aprovada mostra que o problema da violência doméstica existe e começa a ser tratada pela lei de maneira eficaz.
O padrão que oprime as mulheres e denunciado pela Marcha. Como e porque a mídia, as revistas "coisificam" as mulheres, fizemos muitas músicas como por exemplo: Somos mulheres e não mercadoria ou Mulher não é só bunda e peito. É combate a imposição de padrão de beleza que não respeita o biotipo da mulher brasileira e o padrão não existe. E aí vc entende o porque da fabricação deste padrão de beleza, é silicone para tudo, o Brasil é o segundo país em cirurgia plástica. Isso coloca na vida das mulheres uma depressão, um sentimento de inferioridade e como fica a estima de uma mulher pobre que não pode fazer a operação ou então elas se endividam e não conseguem pagar.
Outro tema discutido é a divisão do trabalho, o doméstico é destinado para mulheres e o da produção é dos homens. O da reprodução e cuidado com crianças, os cuidados e sempre o das mulheres. Quando a mulher vai para o trabalho é colocada em uma posição de muito mais insegurança, quem se preocupa com isso são as mulheres que são sobrecarregadas e com salário inferior e nem consegue ser registrada, além do assédio moral e sexual que é o cotidiano, uma situação de insegurança.É uma sociedade que determina um papel para mulheres que a Marcha pelas mulheres renegam e repudiam.
No dia 8 de março a grande manifestação na Avenida Paulista denunciar estas realidades e dizer: FORA BUSH que estará visitando São Paulo e que o símbolo do sistema patriarcal e capitalista que a gente condena e que fora do Brasil e da América Latina. Um dia de luta e demonstração de força: as mulheres sempre estão na vanguarda das lutas, seja por terra, seja por casa, por saúde, por educação.
Só muda se você sair de casa e for para a rua. Dia 8 as mulheres esperam você.
www.sof.org.br

Martinho da Vila no show da Marcha pela Paz.


Martinho da Vila participou do show que finaliza a tradiconal Marcha pela Paz que tem aberto todos os Fóruns Sociais e disse que era uma boa emoção estar do Fórum Social Mundial, sempre desejou vir neste evento e agora em 2007 teve a felicidade de ser convidado para participar fazendo o show de abertura. O convite partiu do IBASE e teve o patrocínio da Petrobrás. Ele acredita que um outro mundo é muito possível e o que mais pode colaborar com este objetivo é a música, é a arte. Todas a mudanças, todas as ações afirmativas que aconteceram historicamente pelo mundo foram amparadas pela música e pelas artes de uma maneira geral, então é importantíssimo essa participação. Esse Fórum é essencial porque todos que aqui vieram: as organizações, as pessoas de uma maneira geral, tem uma preocupação social básica. Pessoalmente acho que a revelação de que a Africa não é uma grande floresta, como alguns pensam no Brasil, isso aqui é uma cidade, limpa e as pessoas solícitas e até os políciais, pessoas de segurança todos atendem com sorriso isso é muito bom. Assim Martinho se colocou a respeito do VII Fórum Social Mundial em Nairóbi.
Martinho abriu com uma seleção dos seus sucessos:

QUEM É DO MAR NÃO ENJÔA

Quem é do mar não enjoa, não enjoa
Chuva fininha é garoa, é garoa
Homem que é homem não chora, não, não chora
Quando a mulher vai embora, vai embora

Depois

CANTA, CANTA MINHA GENTE

Canta, canta minha gente
Deixa a tristeza prá lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar,
Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar,
Que a vida vai melhorar

Depois

O PEQUENO BURGUÊS

Felicidade, passei no vestibular
mas a faculdade é particular
particular, ela é particular
particular, ela é particular
Livros tão caros tanta taxa pra pagar
meu dinheiro muito raro,
alguém teve que emprestar
o meu dinheiro, alguém teve que emprestar
o meu dinheiro, alguém teve que emprestar

Depois

CASA DE BAMBA

Na minha casa todo mundo é bamba
todo mundo bebe todo mundo samba
Na minha casa não tem bola pra vizinha
não se fala do alheio, nem se liga pra candinha
Na minha casa ninguém liga pra intriga
todo mundo xinga, todo mundo briga